Ilha do Sal - Cabo Verde
No início do "tour" encontramos o Monte Leão, assim denominado por fazer lembrar o rei da selva a descansar...
As estradas não são propriamente as melhores e o 4x4 onde sigo abana bastante, mas o desvio vale a pena, pois leva-nos a apreciar a "flor do deserto" que, numa ilha onde chove em média um dia por ano, tem de viver apenas com a escassa humidade no solo...
...solo tão seco e arenoso que não compreendo onde é que os bovinos vão buscar sustento!
No único oásis natural da ilha (surpreendentemente desaproveitado em termos turísticos) encontrei uma árvore já velhinha que me contou como a vida era difícil por aquelas bandas...
A Buracona é uma zona muito famosa da ilha: numa reentrância rochosa, o rebentar das ondas origina na maior parte das vezes um pequeno arco-íris digno de ser registado (mesmo não havendo um tesouro no fim).
A parte central da ilha é extremamente árida, quase desértica; destaco o Monte Grande (ponto mais alto da ilha), a zona de miragens (não, aquilo não é água!) e a chamada pedreira (formação rochosa natural mas que nos parece fabricada).
Á entrada de Espargos (a capital), uma fugaz passagem pelo bairro de lata (Bidonville) impressiona e entristece...
Em Pedra Lume é feita a extracção do sal que deu nome à ilha - o antigo edifício da refinaria e o velho sistema de transportes têm um ar pós-apocalíptico, mas a vista das salinas na antiga cratera é deslumbrante.
Fecha-se o círculo numa praia famosa entre os surfistas (hoje o mar estava flat!), igualmente apreciada pelos tubarões e onde uma tartagura respirou pela última vez... ao fundo o Monte Leão saúda-nos à chegada.